domingo, 29 de abril de 2007

A teoria social de espaço e a teoria do espaço de fluxos

Prólogo de Fernando Henrique Cardoso

resumo: “Espaço é a expressão da sociedade”. Espaço não é reflexo da sociedade, são as ações praticadas pela sociedade. A sociedade está em crescentes transformações as quais exercem influência no espaço, no ambiente herdado das estruturas socioespaciais anteriores. Em física, espaço é definido dentro da dinâmica da matéria. Na teoria social, é definido com referência às práticas sociais. Conforme as pessoas se envolvem em relações sociais dão ao espaço uma forma, uma função e um sentido social. “Espaço é o suporte material de práticas sociais de tempo compartilhado” (práticas simultâneas no tempo). Porém o conceito básico de suporte material de práticas simultâneas do conceito da noção de contigüidade, para justificar a possível existência de suportes materiais de simultaneidade que não dependam de contigüidade física, uma vez que é isso o que acontece com as práticas sociais predominantes na era da informação.
Fluxos são a expressão dos processos que dominam nossa vida econômica, política e simbólica. O espaço de fluxos é uma forma espacial características das práticas sociais que dominam e moldam a sociedade em rede. Fluxos são as seqüências intencionais, repetitivas e programáveis. As práticas sociais dominantes são aquelas que estão embutidas nas estruturas sociais dominantes. Estruturas sociais dominantes desempenham o papel estratégico na formulação das práticas sociais e da consciência social para a sociedade em geral.
Descrevendo o espaço de fluxo em três camadas: primeira camada, o primeiro suporte material do espaço de fluxos, é realmente constituída por um circuito de impulsos eletrônicos, é uma forma espacial do mesmo modo que poderia ser “a cidade” ou “a região” na organização da sociedade mercantil ou da sociedade industrial. A infra estrutura tecnológica que constrói a rede define o novo espaço como as ferrovias definiam as “regiões econômicas” e os “mercados nacionais” na economia industrial. A segunda camada do espaço de fluxos é constituída por seus nós (centros de importantes funções estratégicas) e centros de comunicação. Está localizado numa rede eletrônica. A localização no nó conecta a localidade com toda a rede. Conforme o grau de prioridade os nós e os centros seguem uma hierarquia organizacional. Porém isso pode mudar conforme os processos da evolução da sociedade. Exemplo de rede: a análise da “cidade global” como o local de produção da economia global informacional mostrou o papel decisivo dessas cidades globais em nossas sociedades e a dependência que as sociedades e economias locais têm das funções direcionais localizadas nessas cidades.
Nós direcionais, locais de produção e centros de comunicação são definidos ao longo da rede e articulados em uma lógica comum pelas tecnologias de comunicação e pela fabricação integrada flexível, programável, baseada na microeletrônica. Alguns lugares que seriam improváveis acabam se tornando nós centrais, isso ocorre pela história e pelo privilégio que certos lugares ao redor tem. Por exemplo, Rochester, Minnesota ou o subúrbio de Villejuif tornaram-se nós centrais por razões históricas fortunais, a Clínica Mayo está localizada em Rochester e um dos principais centros da administração Francesa de Saúde para o tratamento de câncer fica em Villejuif. As regiões e cidades, estão todas interligadas em rede. Por exemplo a rede mais poderosa de nossa sociedade, a produção e distribuição de narcóticos (inclusive a lavagem de dinheiro), Chapre produtor de coca, Alto Beni, na Bolívia, ou Alto Huallanga no Peru, estão conectados às refinarias e aos centros de gerenciamento na Colômbia. Que por sua vez estava conectada a centros financeiros como Miami, Panamá, Ilhas Cayman e Luxemburgo e a centros de transportes. Nenhum desses lugares ou outras conexões existiriam por si só nessa rede.
Embora isso forneça uma ilustração de espaço de fluxos em nós e centros de comunicação, não se limita apenas aos fluxos de capital.
A terceira camada importante do espaço de fluxos refere-se à organização espacial das elites gerenciais dominantes (e não das classes). É, contudo, a lógica espacial dominante porque é a lógica espacial dos interesses/funções dominantes em nossa sociedade. A elite empresarial tecnocrática e financeira que ocupa posições de liderança em nossa sociedade terá exigências específicas relativas ao suporte material/espacial de seus interesses e práticas.
A discussão das elites e o fracionamento e desorganização da massa parecem ser os mecanismos gêmeos de dominação social em nossas sociedades. As elites são cosmopolitas, as pessoas são locais. Quanto mais uma organização social é baseada em fluxos aistóricos, substituindo a lógica de qualquer lugar específico, mais a lógica de poder global escapa ao controle sociopolítico das sociedades locais/nacionais historicamente específicas.
As elite não querem transformar-se em fluxos para poder preservar sua ligação moral social, para q construindo regras e códigos, que se entendam entre si, para dominar os outros.
De um lado, as elites formam sua sociedade e constituem comunidades particionadas simbolicamente, protegidas atrás da própria barreira dos preços dos imóveis. Então definem comunidades que estão em rede interpessoal ligada ao espaço. Supondo que o espaço de fluxos é formado de microrresdes pessoais que projetam seus interesses em macrorredes funcionais em todo o conjunto global de interações no espaço de fluxos. Isso é muito conhecido nas redes financeiras, decisões importantíssimas são tomadas o tempo todo, e em diversos lugares através de computadores conectados pela telecomunicação, que podem tomar suas próprias decisões para reagir às tendências de mercado. Assim os nós de espaço e fluxos estão diretamente interligados a lugares residenciais e de lazer, que juntamente com as sedes das empresas tendem a agrupar funções dominantes em espaços cuidadosamente separados.
Outro tendência importante cultural das elites, é a criação de um estilo de vida e projetar formas para unificar o ambiente simbólico da elite em todo o mundo. Assim surgem hotéis internacionais cujo design do quarto à cor das toalhas, é parecido em todo o mundo, para criar uma sensação de familiaridade, e muito mais, como acesso móvel e on line às redes de telecomunicações. Isso são símbolos de uma cultura internacional cuja identidade não está ligada a nenhuma sociedade específica, mas aos membros dos círculos empresariais da economia informacional em âmbito cultural global.
O espaço de fluxos faz a inclusão da conexão simbólica da arquitetura homogênea nos lugares onde estão localizados os nós de cada rede pelo mundo. Assim a sociedade escapa da cultura e da história, tornado-se refém do novo e admirável mundo das possibilidades ilimitadas que embasa o que é transmitido pela multimídia. “O encerramento da arquitetura em uma abstração histórica é a fronteira formal do espaço de fluxos”.

sexta-feira, 20 de abril de 2007

?????? e agora ???????



"Não está pronto lendo unidade D"

o cd era novo original, tinha acabado de pegar no livro... e olha isso... o tio bill é copmplicado vai entender...

um dia ele acerta!!!

infantil



tramps... lah na facul, "casa da cidadania" sala: psicologia Infantil...

carro no conserto



bah, hj acordei de madrugada (09:00 am) rs e fui levar o carro pa troca o óleo rs...

sábado, 14 de abril de 2007

era pra ser um resumo



o prêmio é grande pra quem descifrar esse código japonês....

domingo, 1 de abril de 2007

trio....


01-04-07_1752
Originally uploaded by DouG_FannY.

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vale a pena ver todas as fotos...

[x] http://www.flickr.com/photos/dougfanny/tags/raxa/
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até mais pessoal....